sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O respeito ao comércio numa localidade turística




Desde o dia 20 de novembro de 2012 que venho me dedicando ao comércio em Muriqui, trabalhando com a venda de sorvetes na praia. Não se que seja esta a minha vocação, mas, sim, por uma circunstancial questão de necessidade.

Nesses 38 meses de contínuo labor, tenho aprendido muita coisa e passado a compreender o outro lado de uma profissão. Senti na pele e no bolso o que é depender de uma economia sazonal bem como de um público que nem sempre sabe reconhecer os serviços prestados pelo comércio local. As pessoas que vêm curtir o feriado numa cidade praiana trazem de casa quase tudo o que consomem e ainda reclamam dos preços, achando que devemos entregar a nossa mercadoria pelos mesmos valores massificados da região metropolitana.

Num lugar pequeno e sem outro aparelho produtivo que não seja o turismo, nem sempre se aplica a lógica de que, com a redução da margem de lucro, o comerciante ganhará mais aumentando o volume de suas vendas. Pois, se o consumidor fica satisfeito comprando uma certa quantidade de mercadorias baratinhas (geralmente produtos de alimentação), tendo condições de pagar um preço um pouquinho mais elevado, obviamente que ele não precisará momentaneamente do mesmo tipo de produto. E ainda assim reclamará dos preços porque estes dificilmente serão competitivos em relação a uma grande loja nos centros urbanos. 

O fato é que qualquer comerciante tem os seus custos operacionais, além do direito ao ganho do próprio trabalho. Desde o dono de uma barraca de cachorro-quente até o proprietário de um super mercado, todos pagam algo para abrir as portas. E, num lugar essencialmente turístico como é Mangaratiba, o empresário necessita ganhar num dia movimentado aquilo que irá manter o seu negócio funcionando na maior parte do ano, quando então só será possível contar com a diminuta população residente cujo poder aquisitivo costuma ser baixo.

Penso que o visitante deve sempre ser bem tratado, receber produtos/serviços de qualidade, mas também precisa ter responsabilidade eco-social quando viaja para uma zona turística. Trata-se, pois, de uma questão de ética porque tem a ver com o sustento e a dignidade da população do lugar. Daí impactar o modo de vida dos moradores locais e explorar o trabalho alheio acaba se tornando uma atitude vil capaz de perpetuar a pobreza nas comunidades ao invés de contribuir para melhorar as condições de vida do ser humano.

Acredito que esse deva ser um dos motivos pelo qual o turismo não se desenvolve tanto em Mangaratiba quanto na maior parte do país. Pois, juntamente com a inércia do Poder Público, temos a má educação do brasileiro durante as suas viagens. Porém, se as pessoas passarem a ser instruídas e conscientizadas para respeitarem os direitos do comerciante/morador de uma localidade visitada, pode ser que, em algum dia, a situação mude. E, neste sentido, os governos federal, dos estados e dos municípios podem contribuir decisivamente por meio de campanhas comunicativas nas épocas de temporada.

Portanto, fica aí minha sugestão para que, na nossa querida Mangaratiba, tenhamos uma campanha de valorização do comércio local a fim de que a qualidade dos serviços prestados melhorem e estes sejam satisfatoriamente remunerados.

Um ótimo final de semana a todos!


OBS: A ilustração acima trata-se de uma foto da praia de Muriqui a qual encontrei no portal da Prefeitura de Mangaratiba.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Nossas praias não podem ficar sem os valorosos salva-vidas!




Tenho notado neste verão a ausência das equipes de guarda-vidas que ficavam acampados na praia de Muriqui como na imagem acima disponibilizada para divulgação que, se não me engano, refere-se ao ano de 2012..

Tudo bem que tem chovido nos últimos dias e os balneários de Mangaratiba se esvaziaram. Porém, o verão ainda não terminou e houve ocasiões em que nossas praias ficaram lotadas de banhistas. Aliás, o Carnaval está chegando e até o comecinho de abril tem dias quentes e ensolarados.

Considero super importante que, nas praias de frequência mais intensa, haja ao menos uma dupla de agentes da Defesa Civil pronta para socorrer o público. Pois, ainda que as águas da Baía de Sepetiba sejam mansas, sempre há riscos de ocorrer um afogamento, um banhista passar mal ou uma criança sofrer queimadura de água-viva. Aliás, sabemos que a maior parte das ocorrências parece se concentrar em Itacuruçá e Muriqui, devido à densidade populacional.

Sendo assim, fica aí a minha sugestão ao prefeito Dr. Ruy Tavares Quintanilha a fim de que volte a colocar em Muriqui e nas principais praias do Município equipes de salva-vidas.

Como esse é o meu primeiro artigo do ano neste blogue, desejo aos leitores um feliz 2016.